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1.
Sci. med. (Porto Alegre, Online) ; 26(4): ID25246, out-dez 2016.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-847113

ABSTRACT

OBJETIVOS: Avaliar a prevalência de hiperglicemia e fatores associados, na população idosa residente de um município do sul do Brasil. MÉTODOS: Estudo transversal, de base populacional, realizado com idosos (≥60 anos) residentes na cidade de Tubarão, estado de Santa Catarina, no período de setembro de 2010 a maio de 2011. Os idosos foram cadastrados pelos Agentes Comunitários de Saúde do Programa Estratégia Saúde da Família. Foram registrados dados sociodemográficos (idade, gênero, cor da pele, situação conjugal, situação de trabalho e escolaridade), dados comportamentais (atividade física, uso de álcool e tabagismo) e dados clínicos (obesidade, uso de medicamentos e história familiar de diabetes). Após responderem estas questões, os participantes eram agendados para comparecerem à unidade de saúde para coleta de sangue e medidas antropométricas. A prevalência de hiperglicemia foi avaliada a partir de exames de glicemia de jejum e foram considerados hiperglicêmicos os indivíduos com valores ≥126 mg/dL ou em uso de medicamentos hipoglicemiantes. Os participantes foram selecionados por amostragem aleatória simples. Para verificar associação entre as variáveis de interesse, foi aplicado o teste do qui-quadrado. O intervalo de confiança pré-estabelecido foi de 95% e o erro α de 5%. RESULTADOS: Foram incluídos 833 idosos, e 220 foram considerados hiperglicêmicos conforme os critérios da metodologia (prevalência de 26,4%). Dos pacientes inclusos no grupo hiperglicemia, 190 estavam em uso de hipoglicemiantes orais, e destes, 112 ainda apresentavam glicemia de jejum ≥126 mg/dL, enquanto 78 apresentavam glicemia de jejum <126 mg/dL. Ainda no grupo hiperglicemia, 30 pacientes apresentavam glicemia de jejum ≥126 mg/dL e não estavam em uso de hipoglicemiantes. Possuir pais com diagnóstico prévio de diabetes mellitus e ser obeso foram fatores associados à presença de hiperglicemia. CONCLUSÕES: Este estudo sugere que uma grande parcela da população idosa tem hiperglicemia de jejum, necessitando de uma avaliação mais ampla para pesquisa do diabetes mellitus.


AIMS: To evaluate the prevalence of hyperglycemia and associated factors in the elderly population of a municipality in southern Brazil. METHODS: Cross-sectional population-based study, carried out with the elderly (≥60 years) living in the city of Tubarão, state of Santa Catarina, Brazil, from September 2010 to May 2011. Participants were selected by simple random sampling. The elderly were registered by the Community Health Agents of the Family's Health Strategy Program. Sociodemographic data (age, gender, skin color, marital status, employment status and education), behavioral data (physical activity, alcohol use and smoking) and clinical data (obesity, drug use and family history of diabetes) were recorded. After answering these questions the participants were scheduled to attend the clinic for blood collection and anthropometric measurements. The prevalence of hyperglycemia was assessed from fasting blood glucose tests, and individuals with values ≥126 mg/dL or use of hypoglycemic drugs were considered hyperglycemic. To assess the association between the variables of interest, the chi-square test was applied. The pre-determined confidence interval was of 95% and the error α of 5%. RESULTS: Eight hundred thirty-three elderly patients were included, and 220 were considered hyperglycemic according to the methodology criteria (prevalence of 26.4%). Of the patients included in the hyperglycemia group, 190 were using oral hypoglycemic drugs, and of these, 112 had also fasting glucose ≥126 mg/dL, while in 78 fasting glucose was <126 mg/dL. Also in the hyperglycemia group, 30 patients had fasting glucose ≥126 mg/dL and were not on hypoglycemic treatment. Having parents diagnosed with diabetes and being obese were associated with the presence of hyperglycemia. CONCLUSIONS: This study suggests that a large portion of the elderly population has fasting hyperglycemia, requiring a wider evaluation for diabetes mellitus.


Subject(s)
Humans , Aged , Diabetes Mellitus , Hyperglycemia
2.
GED gastroenterol. endosc. dig ; 35(2): 41-51, abr.-jun. 2016. ilus, tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-945

ABSTRACT

Introdução: a cirrose hepática é uma das doenças crônicas mais prevalentes na população, com alta taxa de morbidade e mortalidade. Objetivos: descrever os fatores prognósticos dos pacientes internados por cirrose hepática em um hospital do Sul de Santa Catarina. Métodos: estudo de coorte retrospectivo com os pacientes internados por cirrose ou suas complicações no Hospital Nossa Senhora da Conceição no período de 2009 a 2014. Para análise de sobrevida, foi utilizada Regressão de Cox e curvas de Kaplan-Meier. Resultados: foram avaliadas 141 internações por cirrose hepática, referentes a 104 pacientes. Destes, 76,9% eram homens, com média de idade de 56,6 (± 11,1) anos. As etiologias mais descritas foram a alcoólica e as hepatites virais. Os fatores indicadores de pior prognóstico foram: creatinina do momento da internação (RR: 3,27 ­ IC: 1,63-6,59), Child C (RR: 5,07 ­ IC: 1,82-14,09) e as complicações: encefalopatia hepática (RR: 7,04 ­ IC: 3,45-14,34), ascite (RR: 3,28 ­ IC: 1,59-6,79), peritonite bacteriana espontânea (RR: 3,46 ­ IC: 1,72-6,96), síndrome hepatorrenal (RR: 4,37 ­ IC: 2,22-8,63) e choque séptico (RR: 6,57 ­ IC: 4,43-9,74). A sobrevida dos pacientes foi de 19 dias (±1,24). Em análise ajustada, a classificação de Child C reduziu em 85% e a creatinina alterada em 77%a sobrevida dos pacientes. A mortalidade encontrada foi de 23,1%. Conclusão: a cirrose hepática apresentou mortalidade de 23,1% entre os pacientes internados. Foram fatores independentes associados a pior prognóstico à creatinina elevada no momento da internação e à classificação de Child C (cirrose descompensada).


Background: liver cirrhosis is one of the most prevalent chronic disease in clinical practice, with high morbi-mortality rates. Aim: to describe the prognostic factors in patients hospitalized for cirrhosis in a Southern hospital of Santa Catarina State. Methods: retrospective cohort study, analyzing the patients hospitalized for cirrhosis or its complications at the Nossa Senhora da Conceição Hospital, during 2009 to 2014. For survival analysis, it was used Cox regression and Kaplan-Meier curves. Results: the sample included 141 hospitalizations for cirrhosis, which related to 104 patients. Of these, 76.9% were male, and their mean age was 56.56 years. Alcoholic cirrhosis and viral hepatitis were the most described etiologies. The factors indicating a poorer outcome was: creatinine at the moment of hospitalization (RR: 3.27 - CI: 1.63-6.59), Child C (RR: 5.07 - CI: 1.82-14,09) and the complications: hepatic encephalopathy (RR: 7.04 - CI: 3.45-14.34), ascitis (RR: 3.28 - CI: 1.59-6.79), spontaneous bacterial peritonitis (RR: 3.46 - IC: 1.72-6.96), hepatorenal syndrome (RR: 4.37 - IC: 2.22-8.63) and septic shock (RR: 6.57 - IC: 4.43-9.74). The median survival time of patients was 19 days (±1.24). In adjusted analysis, the classification Child C reduced patient survival by 85% and the creatinine, 77%. The mortality rate found was 23.1%. Conclusion: liver cirrhosis mortality of 23.1% was found among hospitalized patients. The independent factors associated with worse prognosis were: elevated creatinine at admission and Child C classification (decompensated cirrhosis).


Subject(s)
Humans , Male , Female , Ascites , Hepatic Encephalopathy , Hospitalization , Liver Cirrhosis , Liver Cirrhosis/complications , Liver Cirrhosis/diagnosis , Liver Cirrhosis/mortality , Prognosis , Medical Records , Retrospective Studies
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